terça-feira, 3 de julho de 2012

                          A CONFUSÃO EVANGÉLICA DIANTE DO ANTIGO TESTAMENTO

                                     

A igreja evangélica brasileira é uma das mais dinâmicas e criativas do mundo. Por essa razão seu crescimento tem sido extraordinário. Todavia, uma igreja jovem e efervescente tem dificuldades de doutrinar e discipular seus novos membros. Essa é uma realidade na igreja brasileira.
É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto de louvor e adoração a ênfase vétero-testamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos. Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus. Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou véterotestamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).
Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: Retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do AT. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:
1. Nem todo texto bíblico do AT pode ser visto como normativo. A descrição da vida de um servo de Deus do AT não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.
2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do AT. É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (veja Jo 8.48).
3. Devemos Ensinar que Muito da Teologia do AT é ultrapassada. Jesus deixo claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32,36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neotestamentária.
4. Antes de Pregar ou Cantar um Texto do AT é Preciso Entendê-lo. Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!
5. Devemos Ensinar que Vingança e Guerra não são Valores Cristãos. Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da Teologia do NT. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do AT e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar “persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei” (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44,45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos uma “violência cristã”?
6. Enfatizemos a Verdade de que a Adoração do NT é Superior. O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais poucam importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.
7. Devemos ensinar que ser Judeu não torna ninguém melhor do que os outros. Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28). A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.
Extraido do site
É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto de louvor e adoração a ênfase vétero-testamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos. Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus. Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou véterotestamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: Retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do AT. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:1. Nem todo texto bíblico do AT pode ser visto como normativo. A descrição da vida de um servo de Deus do AT não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do AT. É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (veja Jo 8.48).3. Devemos Ensinar que Muito da Teologia do AT é ultrapassada. Jesus deixo claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32,36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neotestamentária.4. Antes de Pregar ou Cantar um Texto do AT é Preciso Entendê-lo. Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!5. Devemos Ensinar que Vingança e Guerra não são Valores Cristãos. Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da Teologia do NT. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do AT e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar “persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei” (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44,45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos uma “violência cristã”?6. Enfatizemos a Verdade de que a Adoração do NT é Superior. O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais poucam importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.7. Devemos ensinar que ser Judeu não torna ninguém melhor do que os outros. Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28). A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.Extraido do site http://www.genizahvirtual.com/http://marcioralmeida.com.br







Você está na Igreja Verdadeira?!

Por Franklin Rosa
“Pois, também, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus...” Mateus cap. 16 vs. 18 e 19.
Ao longo dos anos esta tem sido a dúvida de alguns ou, a certeza de outros que querem definir e consolidar as fronteiras de sua espiritualidade impondo sua visão particularizada de fé.
O termo original no grego usado para Igreja (ekklesia), não possuía nada em especial. Era apenas uma assembléia popular da democracia ateniense na Grécia Antiga, aberta a todos os cidadãos homens com mais de dezoito anos, sendo que, todas as classes de cidadãos podiam participar dela.
Concernente ao emprego da palavra no cristianismo, pode-se dizer que Ecclesia, palavra latina que quer dizer igreja, curral ou abrigo de ovelhas, era a "assembléia por convocação, reunião, ajuntamento dos primeiros cristãos, a comunhão cristã”.
Já logo nos primeiros séculos do cristianismo, essa concepção de “igreja” sofreu mutações, fazendo com que uma simples reunião ganhasse a formatação e transferência para estruturas físicas (prédios), como também definições ideológicas e filosóficas patrocinadas pelos líderes/clérigos de então, passando a ser um instrumento controlador e regulador da fé. Nada mais distante do Evangelho de Jesus ela poderia se tornar, com esse “modus operandis”!
Na verdade, a igreja só é Igreja conforme o propósito de Jesus, quando ela é promotora do resgate da liberdade do ser humano como indivíduo criado a imagem e semelhança do Criador. Quando ela quer formatar, esteriotipar, cercear, e mais uma longa lista de "AR", ela tornou-se instrumento de prisão e consequentemente do inferno.
Quando o tema da discussão é “desviados ou afastados da comunhão”, entendo que na realidade algumas pessoas nunca saíram da IGREJA INVISÍVEL CORPO DE CRISTO, simplesmente não pertencem mais a um rol de membros de uma instituição que é produto da elaboração humana. Em contrapartida, outras nunca entraram, somente fizeram uma adesão denominacional regrada por ativismo e entusiasmo religioso.
A IGREJA INVISÍVEL CORPO DE CRISTO, está anos luz a frente dessa tentativa de manipulação psicológica terrorista daqueles que se dizem detentores do monopólio da salvação, aquela coisa bem "basicasinha e burrinha" de dizer: "aqui é a casa de Deus, e fora daqui não há remissão de pecados".
Essa declaração é deplorável, lamentável, superficial e fraudulenta, já que Cristo não morreu por instituições ou estruturas prediais e estatutárias, e sim, por GENTE, por seres HUMANOS, para restaurá-los a imagem e semelhança de si mesmo, independente da agremiação religiosa que se proponha arrogantemente a ser o "PEDÁGIO DO CÉU NA TERRA!".
Meu conselho aos que não suportam mais o peso das estruturas fechadas e intransigentes da religião, é que se reúnam com pessoas que crêem no Evangelho, e que buscam leveza, simplicidade e sobre tudo, reciprocidade em amor sem fazer do formato um fim em si mesmo.
Quando as pessoas valorizam mais o formato, as liturgias, as indumentárias, os estatutos ou teologias concebidas de forma hermética e inflexível, já decaíram da Graça de Cristo e desviados e idólatras se fizeram.
A Igreja no seu “formato” original, não possuía estrutura nem prédios, nem por isso deixou de ser Igreja, aliás, aquela era "A IGREJA". Comunidade que era um círculo de amizade gerada nos laços do Evangelho. Comunidade que não tinha a pretensão de se fechar e alienar-se, demonizando aqueles que não aderissem a sua filosofia ou ideologia. Eles entenderam que a proposta de Cristo era libertar, e não encarcerar a pessoa num novo sistema de regras e hierarquias.
Se você decidi reunir-se com algumas pessoas em torno do Cristo revelado nos Evangelhos, seja na sua casa, num parque ou em outro local qualquer que não tenha a configuração e a estética daquilo que se chama erroneamente de Igreja, aí é e está "A IGREJA", pois ELE disse: "ONDE ESTIVEREM DOIS OU TRÊS REUNIDOS EM MEU NOME, AÍ ESTOU "EU" NO MEIO DELES".









Você perfeitinho, atire a primeira pedra!

por Mateus Goethel Cesimbra
PECADO, esta palavra é muito falada dentre o meio evangélico. O pecado é o que corrompe o homem, mas não há um homem se quer que não seja pecador, e assim sendo todos nós somos corrompidos, e somente a Graça de Jesus Cristo é que nos perdoa e limpa. Somos carentes da Graça, da Misericórdia de Deus o tempo todo, afinal pecamos o tempo todo. Mesmo assim ainda há quem se ache no direito de apontar o pecado dos outros. Não podemos e não temos esse direito! O que erra de uma forma não erra de outra, e vice versa. Não há maior ou menor pecador, apenas existem pecadores, nós todos!
Lutamos contra nossa essência de erros o tempo todo: sentimos ódio, raiva, mentimos, julgamos, cobiçamos... Isso tudo praticamos até sem perceber, e é pecado. Afinal de contas posso estar pecando e nem perceber isso, então como poderei apontar meu dedo para um cidadão e condená-lo sem piedade? Não posso, não tenho esse direito. Agora uma coisa eu posso fazer: apresentar aquele que me regenera, que me perdoa, que me ama, apresentar Jesus. Isso não é um papo religioso, Jesus nada tem a ver com religião, com denominação e essa balelada toda. Jesus está no meio dos pecadores, isso é fato, afinal ele ODEIA o PECADO, porventura AMA O PECADOR.
Sendo assim quem condena, quem aponta o que quer que seja, e de quem quer que for NÃO TEM ESSE DIREITO! Chega dessa hipocrisia, não suporto mais isso. Como alguém pode dizer que uma pessoa está condenada porque ela é gay? Como alguém pode dizer que um homem vai arder no fogo de enxofre porque fuma ou bebe? Essa decisão não é minha e nem sua, e a nós cabe apenas amar e tentar levar Jesus ao pecador, assim como Jesus veio a nós também pecadores.
Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra!


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